Berolines City

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Juncinha Mansa


Uma planta alimentar de grande interesse é a juncinha mansa (Cyperus esculentus), tubérculo de uma ciperácea, que em Portugal também é conhecida por junça de comer, juncinha avelanada e chufa. Embora botanicamente não possa figurar entre os frutos de noz, temos de a incluir aqui por causa da sua semelhante aplicação. Este tubérculo constitui, como o soja, uma rara concentração de alimentos. Composição e Propriedades -- Além de ser uma planta herbácea, dá vida a numerosos tubérculos de grande riqueza nutritiva, cuja análise sobre matéria seca dá os seguintes valores: gordura, 20- %; proteína bruta, 36,5 %; fibra bruta, 15,23 %; féculas 2-3 %; vitaminas (especialmente H e P) e numerosas enzimas.
0 azeite que se obtém da juncinha corresponde em todos os aspectos aos melhores de mesa, incluindo o de oliveira, sem secar nem tomar ranço com facilidade e com sabor análogo ao da noz ou da amêndoa. Como possui um grande conteúdo de ácidos gordurosos não saturados (sobretudo 15,2 % de ácido linólico) é de grande valor fisiológico e alimentar, Para o aproveitamento da gordura é necessário, ao mesmo tempo, o consumo de hidrocarbonatos. A relação favorável entre gorduras e hidrocarbonatos é de uma para dois, isto é, se se administram 50 gramas de gordura deve-se administrar também 100 gramas de hidratos de carbono. A natureza consegue esta ótima relação no leite das mães lactantes, que contém 3,5 % de gordura e 7 % de hidratos de carbono. O mesmo valor quase aproximado se repete na juncinha, que em termo médio contém 22 % de gordura e 50 % de hidratos de carbono. Emprego da juncinha no Diabetes -- Ao que parece, nunca se efetuaram investigações muito minuciosas acerca do conteúdo de vitaminas e minerais na juncinha e no seu azeite; mas, se se fizessem, levariam a resultados interessantes e valiosos, com respeito à importância alimentar e fisiológica da juncinha. Para o emprego na alimentação, é de indicar que dos tubérculos secos se obtém uma farinha excelente para a preparação de «bolachas ou biscoitos de amêndoas», que são especialmente úteis para os diabéticos. Da mesma maneira que das amêndoas, também da juncinha se pode obter um leite vegetal saboroso e refrescante. Diga-se de passagem que a juncinha se emprega na preparação de chocolate e como substituto do cacau e do café.

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