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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Ameixas



A ameixa considera-se oriunda das terras do baixo Danúbio, da Pérsia, da Armênia e do Cáucaso. As cultivações sírias, em volta de
Damasco, alcançaram grande fama. Através dos gregos e dos romanos, também as ameixas chegaram até nós, embora os
romanos só as cultivassem mais tarde. Segundo se diz na «Capitulare de Villís», Carlos Magno, em 812, mandou plantar
ameixeiras, de diversas espécies, nas suas propriedades imperiais. Hoje, as ameixas desfrutam de uma popularidade geral.
A ameixa autêntica (Prunus domestica) tem diversos nomes, nas várias regiões. Pertence à família das Rosáceas.
0 abrunho (Prunus insititia), também chamado abrunho grande, abrunho de enxertar, é diferente botanicamente da ameixa autêntica.
Difere sobretudo pelo fruto, esférico e de cor violeta escura, com o caroço chato, em vez de pontiagudo, como na verdadeira ameixa.
As ameixas devem ser comidas cruas, em grande quantidade; são também um elemento culinário, para conserva, geléia e doce em
pasta. Além deste interesse como alimento, têm um significado muito mais justificado como remédio dietético médico.
Composição e Propriedades -- Analisemos a composição química das ameixas tal como hoje a conhecemos: 100 gramas de
ameixas contêm: 71 calorias, 75,6 g de água, 0,8 g de proteína, 0,9 g de ácido de fruta, 15,7 g de hidratos de carbono e 0,6 g de
minerais. A combinação de minerais é semelhante à da pêra, com menos sal e quase com as mesmas quantidades de potássio e de
fósforo. Isto significa que podemos usar ameixas em todos os regimes de doenças, nos quais a alimentação for pobre em calorias e
sal, como nas doenças do aparelho circulatório, rins e fígado, na gota e no reumatismo, podendo consumir-se cruas ou cozidas, e
sobretudo de combinação com alimentos farináceos. O conteúdo de vitaminas não é considerável. Segundo as análises mais
recentes, encontraram-se em 100 g de polpa de ameixa: 0,08 mg de caroteno; 0,1 mg de vitamina B1, 0,043 mg de vitamina B2 e 5
mg de vitamina C. Para cobrir a necessidade diária de vitaminas não basta.
Emprego na Atonia Intestinal
Através de inumeráveis gerações de médicos pode afirmar-se que as ameixas secas são um bom
purgante, suave e inócuo, utilizado de formas diversas para a atonia digestiva e prisão de ventre. Umedecem-se, durante a noite, de
cinco a dez ameixas secas, num pouco de água e comam se, na manhã seguinte, em jejum, com a água em que estiveram. O Prof.
Heupke recomenda reforçar o efeito em casos difíceis, fazendo passar de quinze a vinte ameixas por uma peneira e acrescentando
à pasta 15 g de sulfato de magnésio ou de sódio. Deste purê toma-se de meia em meia hora uma colher, das de café, cheia. A pasta
pode ser também de duas partes de ameixa e de uma de figos secos.
A grande capacidade de absorção das matérias análogas à pectina que se encontram nas ameixas -- de que trataremos, quando
nos ocuparmos da pêra -- facilitam a deposição; o considerável conteúdo em alimentos similares à celulose excita a mucosa
intestinal de modo que se torna mais fácil a evacuação do intestino.
Deve-se ter em conta que as ameixas cruas, cozidas e secas são sempre um alimento são e que constituem para os transtornos do metabolismo um elemento dietético útil, servindo as ameixas secas umedecidas de purgante excelente e natural, sendo até inócuo para as crianças

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